terça-feira, 29 de setembro de 2009

relatório 7



RELATÓRIO
DO
GESTAR II

AUTORA: MARIA CRISTINA CORDEIRO SANTOS
ESCOLA: ANGELO MARIANO DONADON


Vilhena-2009






Nas aulas de Língua Portuguesa e Filosofia no dia 28 de agosto de 09 na Escola Angelo Mariano Donadon, apliquei a atividade proposta na página 97 da TP4.
No primeiro momento escrevi na lousa o poema “Cidadezinha Qualquer” do Carlos D. de Andrade.
Fiz uma leitura em voz alta e fiz uma análise do poema para os alunos entenderem o mesmo.
Cidadezinha Qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
ANDRADE, C.D. de. Poemas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959. p. 165
No segundo momento levei vários poemas que retratam cidades para ler para os alunos e mostrar como os poetas retratam as cidades nos seus poemas.
ODE AO RIO
Campo, só de férias:bicho, fogão a lenha, matotudo quieto, um silêncio...fruta no pé é ruim, é quentecheiro de cavalo, só pra presidente
sou urbanacoca light, gelo e limãoengarrafamento, filaestacionamento cheio, shopping centertudo isso não me é estranho
menino no sinaluma hora comove, na outra irritaa gente grita, faz sinal que nãonão ouse tocar no meu vidro !depois em casa, num flash se arrepende, sente
enquanto pedestre, é a glóriaa multidão na calçadaformiga no formigueiroacompanhada e sótão anônima
fim de semanaum mundo de opções, pra se ignorare se deixar ficarsó lendo e vendo, da janela,o Cristo a nos abençoar
Ana Guimarães


PREGÃO TURÍSTICO DO RECIFE
A Otto Lara Resende
Aqui o mar é uma montanha regular, redonda e azul, mais alta que os arrecifes e os mangues rasos ao sul.
Do mar podeis extrair, do mar deste litoral, um fio de luz precisa matemática ou metal.
Na cidade propriamente velhos sobrados esguios apertam ombros calcários de cada lado de um rio.
Com os sobrados podeis aprender lição madura: um certo equilíbrio leve, na escrita, da arquitetura.
E neste rio indigente, sangue-lama que circula entre cimento e esclerose com sua marcha quase nula,
e na gente que se estagna nas mucosas deste rio, morrendo de apodrecer vidas inteiras a fio,
podeis aprender que o homem é sempre a melhor medida. Mais: que a medida do homem não é a morte mas a vida.
João Cabral de Melo Neto


Brasília
Brasília e seus milagres construídos pelas mãos do pioneiro encantado admirou as árvores do cerrado levantou palácios retorcidos contemplou o céu emoldurado cavou um lago intumescido louvou o sonho abençoado ergueu a urbe sobre o pó encardido.
Legou família de futuro indecidido no chão feio do terreno alvoroçado um só amor triunfante no passado de gozo quente mas de rosto esquecido hoje no fundo da terra do cerrado (cavada como se fazia naquele tempo esmaecido) é mais que um operário aposentado é quase um rei, o pioneiro adormecido.


Ricardo Senna Guimarães

São Paulo, Eu queria te ver No meu rosto já não há Os teus traços vis-à-vis.
São Paulo traz-me aqui O mentor do Tietê. A placidez daquele mar De concreto calculado.
São Paulo desbravado Angulado em quem te quis. Os teus prédios monumentos Os sacramentos guaranis.
São Paulo entrincheirado Nas modernas conjecturas. São Paulo as iluminuras Dos vitrais maquinofaturados.
São Paulo tens mesquitas? São Paulo sinagogas. Tuas palavras-igrejas Os urbanitas de Rita.
São Paulo tens em voga Os meus credos de cidade. São Paulo latinidade Ascendente em lua nova
Lucas Tenório


O RIO DA MINHA CIDADE
Joinville, Cidade das Cores, das flores e das bicicletas. Joinville da poesia, da dança e das palmeiras, Joinville do progresso...
Cidade maior deste Estado Catarina, Joinville de século e meio de existência e resistência.
O progresso chegou, Joinville, para o enterro do teu rio...
Luiz Carlos Amorim
No terceiro momento os alunos formaram grupos e produziram alguns poemas sobre Vilhena. Como mostra as produções:

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